Num dia de caça com os seus filhos e alguns dos seus aliados, Hidetora (Tatsuya Nakadai) faz uma surpreendente anunciação, ele irá dividir todo o seu reino e os seus três castelos por entre os seus três filhos. Já com uma idade considerável, o Lord que já atingiu toda a sua potencialidade ao conquistar tudo que o rodeava e ao estabelecer a paz decide que este é o seu momento para descansar, entregando assim a Toru, seu filho mais velho, o cargo de senhor de todas as terras.
Soomente o seu filho mais novo, Saburo (Daisuke Ryu), expõe a sua opinião dizendo que esta divisão fará com que eles os três se debatam pelo conquista do poder instalando assim a guerra no seio de uma família e também pelas suas terras onde a sedenta ambição comanda. À medida que Ran se vai desenrolando nós gradualmente comprovamos que Saburo estava correcto.
Kurosawa explora a motivação de todas as personagens sem se esquecer de analisa-las, os protagonista são nos dados a conhecer de modo a que as forças que os movem nos sejam palpáveis, aumentando o caractér épico e dramático das "explosões" que este filme toma.
Um ponto inesquecível nesta grandiosa obra é a surpreendente caracterização dos seus intérpretes, a forma detalhada como o autor e a sua equipa apresentam uma época, cria de facto uma realidade dificil de acreditar que seja encenada; aliada à humanidade de samurai vincada, e mesmo vivida pelos actores este filme parece por e simplesmente um gomo do passado de tão realista que se torna.
O filme toma uma dinâmica pausada para livremente deixar os seus componentes crescer, tudo que nós temos de conhecer é minuciosamente nos apresentado e todos os elementos com o passar da obra se revelam cada vez mais indispensáveis, o colidir épico não consegue tirar de nenhuma maneira todo o brilho às cenas que o antecedem.
A caracterização, a vagarosa e detalhada maneira como as personagens são exposta a interiorizarão de uma outra época são os ingredientes que fazem de Ran sem dúvida uma das maiores obras épicas de sempre. Um quadro perfeito impossivel de explicar já que a ficção se torna tão perfeitamente em realidade.
Akira Kurosawa conhece bem de mais o passado do seu país
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