Após uma obra de estreia pouco badalada por parte do controverso Todd Solondz, surge uma revigorante "segunda peça de estreia". Welcome to the Dollhouse, assume-se como a verdadeira entrada deste autor no mundo do cinema. Uma explosiva comédia negra que estuda a capacidade de sobrevivência de uma jovem inadaptada ao primeiro ciclo. Sem recorrer a elementos sensacionista e bombásticos como em Kids por exemplo, a obra evidencia à mesma um realismo desconcertante, aproveitando-se sempre do mais ínfimo pormenor e contorcendo-o com um humor perverso, a dor em expansão de dentro de uma jovem é sentido inteiramente pelo público.
A protagonista, uma pré-adolescente, Dawn Wiener (Heather Matarazzo) é uma infeliz rapariga dos subúrbios de New Jersey. A puberdade é para ela uma permanente luta contra a sua falta de beleza ou elegância. Dawn é espezinhada e humilhada tanto pelos rapazes como pelas raparigas da sua escola, e também negligenciada pela sua família.
A primeira grande cena poderosa, (transmite na perfeição irresolução desta perseguição maldosa) passa-se na cantina, onde a protagonista é acusada de ser lésbica sem fundamento e sem ter oportunidade de se defender; a vida à cruel e fica bem patenteado que este ódio nutrido pelos que a rodeiam não tem qualquer base moral ou sentimental, é por e simplesmente um incontornável sentimento de nojo!
A narrativa evolui como um catálogo dos infortúnios da protagonista: paixões, inveja, inseguranças e "retiros", esmiuçando cada detalhe desta difícil fase de transição. Solondz imprime com distinção a verdadeira temática deste filme ao não deixar que se transforme num mero sintoma de patinho feio, de facto, apesar de miserável Dawn nunca muda, nem pensa em tal.
O "material" é portanto da identificação de qualquer faixa etária, já que aqui não há acção nem mudanças simplesmente um suportar imenso de dor - aproveitando este aglomerado de tragédias, Solondz dá o toque que na minha óptica faz o filme; a obra caí num limiar perfeito e duro entre comédia fictícia e drama documental. Esta solídez desmesurável impede que o filme se desleixe em sentimentalismo ou que perca qualquer tipo de credibilidade.
Um filme com um sabor misterioso, já que a sua falta de "magia" e crueza impelem um estranho e balançado sentimento cómico-dramático. Uma bipolaridade treinada e domada.
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