Kikujiro é uma tentativa suave de Kitano mais uma vez se afastar do mundo negro dos yakuza ou é uma profunda reflexão auto-biográfica?
A dura e descontrolada personagem que Kitano interpreta, Kikujiro, acompanha o jovem carente Masao na busca pela sua fugida mãe. O filme desenrola-se sobre a forma de road movie com este singular duo a deparar-se com cómicas e surreais ocasiões que se proporcionam.
Tenho de admitir que dentro da filmografia que já conheço do autor japonês, esta obra de 1999 parece me ser aquela mais complexa de decifrar, e sim mais que o poético e sonolento romance de culto, Dolls, de Beat Takeshi, na minha opinião claro, já que o filme me fez por vezes adoptar uma postura quase bipolar quanto ao parecer avaliativo; e não me refiro à arte da metáfora mas sim a algo mais ténue...porque é que eu gosto realmente deste filme sabendo que o seu objecto de estudo e a sua resolução me são completamente indiferentes? .
Metade do filme não retrata absolutamente nada, o egoísmo de Kikujiro, enibe Masao e o verdadeiro propósito do filme. A obra entra num ritmo cómico semelhante a Minnâ-Yatteruka! e anula a continuação narrativa que se esperava do filme; agora a busca pela mãe fugida do pobre miúdo é um simples pano de fundo. Só há Kitano! O filme perde propósito e o pior é ainda alguns espectadores como eu, não quererem de todo que o filme volte a ter rumo! Aquela já esperada veia emocional acaba por chegar mas anula-se por completo com um final esplendoroso repleto de magia.
A personagem de Kitano descobre o que lhe faltou para ser feliz, com o pequeno Masao, visto rever a sua infância e o seus problemas maternais que teve com os do rapaz. Esta temática adensa-se ao saber que a personagem de Kikujiro é baseada no pai de Kitano, falecido quando este ainda era criança, tornando este filme no mais pessoal do autor oriental até à data. Leituras fáceis do filme que eu preferi ignorar, já que toda a magia que brota ao longo de 120 minutos me fez até engolir o promenor de mau gosto de um anjo em forma de sino. O surrealismo fantasioso, a acção desenrolada sobre a forma de episódios como eu tanto gosto, fazem-me desejar no passado ter conhecido amigos da minha avó como o senhor Kikujiro.
Não é um grande filme, longe disso, mas Kikujiro é já um dos meus maiores guilty pleasures!
(e sim tem a banda sonora de Joe Hisaishi)
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