Quinta-feira, 17 de Junho de 2010

Pirate Radio - The Boat That Rocked (2009) Richard Curtis

Pirate Radio tinha uma ideia base exepcional, Pirate Radio até tinha um elenco que conseguia aguentar com essa ideia, o que faz com que Pirate Radio não seja um BOM filme de música?

O Barco do Rock como por cá é conhecido, é um filme que nos dá a conhecer um barco onde era transmitida uma emissão de rádio pirata nos anos 60 por 8 DJs todos eles singulares, mas todos eles com um amor em comum...a música!

Porque é que o raio do filme fugiu à música e subitamente todos os os DJs tornaram-se na Marta Crawford e fizeram da sua rádio um AB Sexo? Com isto quero dizer que Carl (Tom Sturridge) e as suas inseguranças de juventude são o cancro do filme. À partida julgamos que Carl não passara de um mero adolescente que teve a sorte de viver na pele a verdadeira manifestação do amor pela música, mas é menos que isso, Carl é um simples virgem dentro de um barco que por acaso é uma estação de rádio. O filme segue duas vias paralelas e a inocência de Carl consegue mesmo roubar o foco que devia estar a incidir sobre a música vivida nos anos 60.

Com um belo grupo de personagens, irresistivelmente cómicas que se completam umas ás outras (tirando o Thick Kevin que consegue tornar barata e cinzenta qualquer ambiente cómico em que entrasse) e com um belo elenco para dar cara a estas mesmas personagens o Barco do Rock tinha tudo para ser um filme que enfiava filmes como High Fidelity no bolso, ao invés o filme torna-se numa mera comédia ligeira com uma boa banda sonora que com o passar dos anos entrara no esquecimento.

O filme consegue de tal modo colocar a música num plano secundário, que os vis planos do Dormandy (Kenneth Branagh) em "fechar" a rádio são retratados de uma maneira tão ligeira, paralela e terciária que o público nem leva a sério a existência do opositor. O realizador e a sua equipa para o fim do filme lá se devem ter apercebido que o seu barco não era assim tão "feito" de Rock como parecia, então... numa suposta jogada de génio fecham o filme com um culminar "épico" de amor à música como para desculpar o resto do filme, fim lame lame lame.

O filme é leve, é bom de ver e em alturas certas admito que possa cair bastante bem, mas infelizmente é só isso...o Barco do Rock podia ser muito mais mas não quis ser, má ideia de enfiar um adolescente inseguro dentro de um barco e fazer dele o centro do mundo.

 

Um aparte: Não acredito que eles tiveram a coragem de por a merdice de um dilema "pai sempre desejado mas nunca tido" dentro deste filme, ninguém quer saber! Ninguém! O filme devia ser sobre música!

publicado por Diogo às 02:36
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