Considero O Grande Lebowski, como aquele género de filmes que sucede (falhando) uma obra de muita maior qualidade por parte do meus autor(es), neste caso isso acontece com Fargo (1996).
O Grande Lebowski, é um pseudo thriller virado quando pode para a exposição de problemas sociais e morais.
A minha última frase está incompleta já que o filme faz questão de ser pseudo e de aparentar tal, por isso é que a falta de genuinidade, é a meu ver um dos grandes "handicaps" do filme. A obra desenrola-se (ás vezes metendo piada) entre cenas sem sentido, personagens singulares e uma linha de história que se perde no absurdo... tudo propositado tudo à imagem dos realizadores e do seu estado de espirito que se fundem na personagem de Jeff Bridges - The Dude; dando ao filme um cunho pessoal.
O absurdo camufla-se por entre o pacato, já que tudo neste filme é por e simplesmente "vulgar". Não se pode dizer que seja um policial, mas a obra monta-se usando as regras deste género: narrador em voice off, raptos, desaparecimento de dinheiro, cabecilhas com poder e brutos capangas, mulheres sedutoras, figuras ilustres da sociedade com motivos obscuros e voltas e trocas na diagése da história (os chamados twists nos thrillers).
O filme está recheado de cenas de puro entretenimento, mas sem carregar qualquer tipo de comentário no seu interior, resultando num trabalho em que as piadas momentâneas desaparecem quase de imediato à cena sem deixar qualquer tipo de ressonância. As cenas parece que abandonam o filme quando são fechadas isto tudo devido à insistência em fazer do filme um objecto sem importância nenhuma.
Não achei piada nenhuma a Walter (John Goodman, umas das almas do filme), um dos compinchas de bowling do The Dude, que aleatoriamente ia introduzindo as suas manias no contexto de cada cena (manias: Guerra do Vietname e a sua ex-mulher); personagem que muito disfarçadamente também só servia para atiçar (e apagar) a piada momentânea das cenas que lhe competia - usei Walter como um exemplo global, todas as personagens por mais indispensáveis que pareçam não passam de maquilhagem (menos The Dude que foge à regra).
Resumindo, os Coen quiseram fazer um filme despreocupado e demonstrar ao público que de facto o era, para isso fizeram de The Dude (um nome que sintetiza toda a aura e posição que o filme toca) a sua persona, o seu interveniente para dar rumo a esta despreocupação amontoada; a história por si é um acessório e as personagens são condimentos momentâneos.
Percebo porque é que este filme já é de culto, e não me parece um amor sem nexo, pena é não me ter enchido o olho, pena também eu ter levado a despreocupação à letra e não ter conseguido encontrar charme em nada do que visse.
Não achei piada nenhuma à morte despropositada de Steve Buscemi.
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