Numa abordagem crua, Kids arrasa com todos os filmes Hollywoodianos sobre a adolescência, ultrapassando novas vias na exploração do tema "Sexo e Drogas na Adolescência". Interpretado por adolescentes reais, e não por actores deslavados de Hollywood na casa dos 20, o filme transparece autenticidade e o seu impacto é amedrontador.
Instalado num abrasador dia de Verão, o filme estrutura-se como uma crónica que gira em torno da vivência de um grupo de miúdos de Manhattan durante 24 horas.
O filme abre com uma cena que nos da a conhecer tudo o que precisamos de saber sobre um dos protagonistas do filme - Teli (Leon Fitzpatrick), a cena de abertura é a demonstração da astucia de Teli no que toca à abordagem de raparigas, trocas de palavras meigas de um tarado viciado em virgens de 14 anos para uma inocente rapariguinha loira. Teli tira-lhe o que quer e o seu monologo surge depois da "acção" findar, monólogo este que ao abrir o filme também o fechará.
São tomados dois fluxos paralelos mas intimamente ligados, um deste fluxos narra a história de um grupo de adolescentes desnaturados que não fazem mais nada para além de beber, roubar e ficar cegos; o outro fluxo ocupa-se da história de uma jovem consciente, portadora do virus da SIDA, que passa o filme todo à procura do seu antigo e único companheiro para lhe contar que também ele é portador desta doença.
A obra desfaz-se por vezes em macacadas chocantes e despropositadas que marginalmente tentam entrar no campo artístico, falhando, sendo a meu ver o que mais peca neste filme: a sistemática necessidade de se afirmar como algo irreverente e artístico.
Eric Edwards dá ao filme uma qualidade de imagem que rasa sentimento de improviso, permitindo que o filme tenha um aspecto polido e estruturado mas ao mesmo tempo documental.
O filme toma um rumo de observador, já que os julgamentos são abolidos desta realidade, entregando o tempo de debate aos espectadores
Kids felizmente foi escrito por um miúdo (Harmony Korine, com 19 anos na altura), felizmente foi produzido por uma mente aberta e maleável à exploração da realidade dos jovens (Gus Van Sant) e infelizmente foi realizado por um fotográfo que apenas quer uma coisa, ser conhecido/ chocar independentemente da qualidade do seu produto.
Este filme tinha que existir, e a adolescência tinha de ser posta pelo menos uma vez num campo tão hostil como em Kids, infelizmente Larry Clark foi um dos pais deste projecto
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