Depois de ver obras históricas deste grande mestre do terror: George A. Romero, achei que seria interessante ver um projecto recente dele (ainda não vi o Land of the Dead, outro projecto seu recente).
Desta vez Romero conta a história de uma maneira diferente. O filme é todo filmado por duas câmeras pegadas à mão (fazendo parecer que é filmado pelos intervenientes da história) - um grupo de estudantes é interrompido por uma praga de zombies que está a dominar o mundo durante uma tentativa de realizar um filme de terror. O grupo decide documentar a sua demandada pela sobrevivência.
Com um conceito semelhante a Cloverfield e REC, Diary of the Dead revela-se um verdadeiro tiro ao lado. Com diálogos a roçar o ridículo, com actuações saídas do guião e com interpretações tão pouco reais, o filme dificilmente é levado a sério durante a sua duração.
Não são só os diálogos que são ridículos, os actores também não ficam atrás, destacando logo a "fantástica" personagem conjunta a uma "fantástica" interpretação de um professor inglês que por acaso naquela altura estava no "hang out" com os seus alunos; a sua personagem carregada de estereótipos britânicos e alcoólicos parecia saída de um filme dos anos quarenta, uma fusão de velho lobo do mar com um veterano da guerra (até o Vietname citou), uma personagem tão ridícula que quase propositado. O resto do elenco é formado pelos miúdos do costume na linha pop e emo, demonstração crescente mas paralela das suas segurança e medos em situações críticas (o cliché do costume portanto). O senhor professor mantém se distante e sempre que abre a boca tenta ser épico ou badass (sem o conseguir claro) e cria o vício de incansavelmente dzer "darling" (agora também damos em gentleman?).
Outra coisa que me causou espanto vindo de um veterano como o Romero é a desorganização de takes. Não percebo, supostamente havia um cameraman e por vezes dois, mas tudo era inconsistente, os ângulos mudavam fervorosamente e as cenas pareciam sempre desencaixadas.
O filme ainda tem as suas cenas gore, mas o charme próprio de Romero em obras como Dawn of the Dead desaparece por completo, o cheiro a computadorizado é intenso o gore por si só tem a mínima piada.
Apesar de abordar o projecto de uma maneira interessante dentro do mundo de Romero, a sua execuç\ao é terrível.
Os monólogos a partes da protagonista fazem o dia a qualquer um (que mau guião que má actriz, que mau filme)
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